Estudo da DAN aponta “novo normal” no mercado chinês
Um dos sentimentos do mercado brasileiro, neste momento, é entender como a China e seu setor publicitário est?o reagindo após o Coronavírus ter acertado o cora??o do país, causando mortes e impactos em sua economia. Conforme o ciclo do Covid-19 e os lockdowns passam a ocorrer no Brasil, é interessante saber como os consumidores, a mídia e o mercado publicitário est?o reagindo por lá.
A Dentsu Aegis Network (DAN) promoveu um estudo exclusivo para entender o que chama de “novo normal” frente um cenário sem precedentes de pandemia mundial. A pesquisa foi realizada com 155 executivos seniores de comunica??o e marketing, de 28 de fevereiro a 3 de mar?o, especificamente na China, o epicentro da emergência – mas que já come?a a dar sinais mais claros de recupera??o.
“O Brasil está se aproximando do ápice da epidemia e tem muito a apreender com a experiência chinesa”, afirma Eduardo Bicudo, presidente da Dentsu Aegis Network no Brasil.
A grande conclus?o parece ser que, sim, existe um amanh?. O país iniciou os lockdowns em 23 de janeiro, em Wuhan e nas cidades da província de Hubei, portanto, o estudo feito na virada de fevereiro para mar?o captura o espírito do país cerca de um mês após as quarentenas terem se iniciado.
Marketing
Um dos aspectos do estudo mostrou como os profissionais de marketing est?o agindo neste momento, preferindo adapta??o das mensagens ao corte de publicidade. O DAN diz ver uma mudan?a na mensagem e na segmenta??o, pois as regi?es geográficas e aspectos criativos est?o sendo revistos por 22% dos entrevistados, sendo que apenas 7% dos entrevistados pretendiam interromper os investimentos por completo.
Além disso, 77% dos anunciantes já come?aram a fazer planos proativos de recupera??o.
Os profissionais de marketing também têm analisado o uso inteligente da tecnologia para recuperar o tráfego online e se conectar com os consumidores de maneiras novas e inovadoras. E outros 33% dos profissionais de marketing pretendiam aumentar o investimento em E-commerce e Social Commerce. A inten??o dos outros 33% era aumentar o investimento em plataformas sociais, formadores de opini?o, e transmiss?es streaming para se engajar com seus público-alvo.
Consumo
Além de tra?ar possíveis cenários do impacto econ?mico, a investiga??o aponta mudan?as no comportamento do consumidor, e como as marcas est?o se adaptando neste momento, reflexos nos mercados mais atingidos e perspectivas para a retomada.
Dentre as principais conclus?es, a pesquisa apontou que 47% dos profissionais de marketing e executivos de atendimento pesquisados afirmaram que as vendas foram significativamente ou severamente impactadas pela pandemia. O setor de Viagens continua sendo uma das categorias mais atingidas, enquanto Varejo, Luxo e Bens de Consumo n?o duráveis têm adotado os canais digitais para engajamento e servi?os de entrega, pois os consumidores têm se mantido recolhidos.
Nesse momento, já está claro para a DAN que os servi?os de delivery ganhar?o ainda mais protagonismo, assim como o trabalho remoto e todo um gama de servi?os prestados na nuvem. “As marcas devem se inserir neste contexto, ajudando assim a minimizar os impactos nos consumidores e em seus negócios. Creio que este espa?o no Brasil seja ainda maior, dado que o mercado brasileiro n?o é ainda t?o maduro nestas áreas”, afirma Bicudo.
惭í诲颈补
Na mídia chinesa, uma das observa??es do estudo foi o aumento da audiência em veículos locais como CCTV News, People&Daily e News Network (veículos jornalísticos), pois os usuários est?o buscando mais as fontes confiáveis. O tempo gasto em frente às telas também aumentou e, na segunda e terceira semanas de fevereiro, o público ficou 7,3 horas por dia nas plataformas de TV e TV Online em média.
Foto: Freepik
Artigo originalmente publicado em: